O que a propagando pode ensinar sobre storytelling?

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A publicidade usa alguns truques para encantar e convencer as pessoas.

Pare um momento para pensar sobre as últimas propagandas que você viu: Elas são engraçadas? Emocionantes? Você quis viver a cena da propaganda? Se sim, você foi atingido por uma técnica muito usada hoje em dia na publicidade: o Storytelling. 

Eu gosto muito de falar sobre esse assunto que, muito antes de ter sido apropriado pelo marketing, faz parte das nossas vidas. Já reparou que quando você está reunido com seus amigos, sempre tem aquele momento em que todos se lembram de histórias? Aquelas engraçadas, constrangedoras ou emocionantes.

Contar essas histórias, mesmo que já conhecidas, faz parte de quem somos, e não tem como negar – sempre acabamos rindo ou chorando desses contos conhecidos.

As histórias nos cercam, e estão em toda parte: desde aquela que você inventa para seu filho conseguir dormir, àquelas no jornal, na revista e na internet. E essas informações não são poucas!

A publicidade usa alguns truques para encantar e convencer as pessoas.

Porém, de todas essas notícias, quais você consegue lembrar no final do dia? Com certeza, poucas. Isso porque todas essas informações têm um caráter mais superficial e analítico. Agora, você se lembra de alguma que já te se emocionar ou te impactou de alguma forma?

Mais fácil, não é mesmo? Quando lidamos com histórias emocionantes, conseguimos criar uma maior empatia, e assim nos identificamos com o que foi falado, e nos lembramos mais facilmente.

Uma outra vantagem do uso de histórias é para convencer alguém ou mesmo ensinar. Essa tática não é nada nova, mas de um tempo para cá, podemos chamá-la de Storytelling: a “arte” de humanizar, de dar significado a informações entediantes ou monótonas.

Desde cedo a publicidade já contava histórias para obter maior identificação do público, fazer com que a marca fosse vista como real, preocupada e ciente dos problemas que as pessoas passavam.

Mas, de lá pra cá muita coisa mudou: as historinhas nas propagandas foram se profissionalizando, hoje são pensadas como a técnica de storytelling, estudadas e possuem objetivos muito claros: aliar a publicidade, que é o que a marca quer dizer, com o conteúdo, ou seja, com o que as pessoas querem ouvir.

Sendo assim, fica clara a importância de saber ouvir e pesquisar sobre seu público: quem é ele? O que ele quer ouvir? Sobre o que ele quer aprender? Sim, é fundamental trazer o entretenimento, as sensações e sentimentos presentes nas nossas histórias do dia-a-dia, humanizando a marca.

Os dias da propaganda voltada apenas para o produto e promoção já não têm tanto espaço no mercado, e nem nas nossas lembranças. Pode confessar, pop-ups oferecendo descontos te faz querer sair do site, não é mesmo?!

O mercado não é bobo e sabe disso, e por isso investe no Storytelling. O objetivo é fazer com que as pessoas não comprem apenas seu produto ou serviço, mas o significado e valores da sua marca. Para isso precisam de histórias bem construídas e narradas, personagens autênticos e emocionantes, que criam uma experiência verdadeira de conexão com o público.

Mas como construir esse conteúdo de forma a unir o que você precisa dizer durante uma apresentação, e o que o público quer ouvir?

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A resposta é uma só, conte histórias. Que tal contar como a empresa foi criada? Por exemplo, a Bauducco se orgulha hoje em dizer que começou em uma pequena cozinha familiar, passando a tradição e a confiança para todos os seus produtos.

Outra narrativa que pode ser explorada: quem faz essa empresa? Muitas marcas investem em histórias que contam com a participação de clientes e funcionários, falando de suas experiências, ou como essa marca mudou sua vida. 

Outro conteúdo importante tem a ver com o que chamamos de Branding: a construção do posicionamento da marca a partir de seus valores. A Harley-Davidson, por exemplo, é uma marca de motocicletas, mas o principal “produto” vendido é a liberdade e a aventura.

Mas calma, você não precisa ser uma marca gigante e investir milhões em campanhas e superproduções cinematográficas para criar um storytelling conciso e criativo. Se você quer construir uma apresentação com um storytelling forte, a primeira palavra para se ter em mente é consistência.

Construa sua mensagem no valor principal que guia sua apresentação, e pelo qual você quer ser lembrado e reconhecido. Não adianta querer falar de mil assuntos, e tentar despertar mil emoções diferentes no espectador de uma só vez.

Também é fundamental ser verdadeiro e transparente. Se você quer se tornar amigo do seu público, deve ser confiável, compartilhar suas histórias, as pessoas reais da sua empresa, mostrando autenticidade.

Por exemplo, os Patriots, equipe de futebol americano, compartilha em seu Facebook fotos dos bastidores, o dia a dia dos atletas, e até piadas com eles, trazendo o público para a realidade do clube.

E temos ainda o truque na manga: interação! O diferencial do storytellng nas apresentações é a via de mão dupla: você pode responder seu público, ver o que eles gostam ou não, e consegue criar uma storytelling mais fluido, natural e que pode se adaptar e atualizar a todo momento.

Em resumo, para investir em Storytelling não é preciso muito investimento ou uma equipe de comunicação super especializada: só é preciso criatividade, planejamento e foco para conquistar o seu felizes para sempre e de seus públicos.

Gostou? Então fale com a Salamarela para construir histórias que vão encantar sua audiência. 

Abraços,

Nelise Cardoso – Salamarela

Nelise Cardoso é fundadora da Salamarela, publicitária e professora dos cursos de apresentações: I love PPT, PPTop e Eco. Acredita que se compartilharmos o nosso conhecimentos podemos gerar grandes resultados.