As questões relacionadas à diversidade pedem um posicionamento claro e transparente das empresas. Em um mundo com indivíduos que cada vez mais reivindicam representatividade, não há lugar para organizações que ficam em cima do muro, ou que apresentam somente o trinômio “missão, visão e valores” de sempre.
O sujeito consumidor e globalizado deseja se enxergar nos produtos ou serviços que utiliza. Não só isso: ele pesquisa as práticas das indústrias B2B antes de adquirir bens de consumo. Além da sempre necessária sustentabilidade, já bastante comum ao menos nos discursos das empresas, é preciso se atentar aos movimentos identitários, que ganham cada vez mais força na internet.
Seja qual for o produto ou serviço e chegue ele ao consumidor final ou não, a empresa deve estar atenta e alinhada às necessidades de seus públicos, de maneira estratégica.
É preciso saber se comunicar com cada um deles, por conta dos temas sensíveis de seu negócio que podem se tornar vulnerabilidades. Algumas marcas como Dove, Lola Cosmetics e até mesmo marcas de cerveja, que vêm deixando de lado o estereótipo da mulher com o corpo ideal, já entenderam isso.
Para saber quais são os grupos que precisam ser educados, é preciso antes verificar esses pontos sensíveis da sua empresa. Quais públicos suas ações podem afetar positivamente ou negativamente? Quem são essas pessoas, qual a história delas? É fundamental ler muito sobre o assunto e, acima de tudo, conversar com esses grupos, entender suas experiências para conseguir dialogar com eles e, possivelmente, torná-los embaixadoras da sua marca.
Por isso, declarar-se apenas como uma empresa “ética e sustentável” já não é mais suficiente. É necessário dizer a que se veio e quais pautas você defende. Apenas desta forma seus públicos estarão mais educados em relação ao seu negócio, porque ética e sustentabilidade são apenas dois fatores há muito esperados de uma empresa idônea.
Por Carol Mendes
Colaboradora da Salamarela, Relações Públicas e Professora.